As fases da música sertaneja
- Seleiro Sertanejo
- 13 de mai. de 2019
- 3 min de leitura
Atualizado: 3 de jun. de 2019
Em 1929, o então pesquisador, compositor, escritor e humorista, Cornélio de Barros, decidiu levar para toda população Brasileira os costumes caipiras em forma de música e encenações teatrais, saindo do interior paulista e se apresentando pelo Paraná, Triangulo Mineiro, Goiás e Matogrosso do Sul. Junto a isto, Cornélio começou a enraizar em seu público o gosto pelo sertanejo.
Na época, o gênero era conhecido por música caipira e suas letras enfatizavam as belezas da natureza e modo de vida do homem do campo. Atualmente esse gênero transformou-se passando a ser chamada de sertanejo raiz.
Nomes como Zico Dias e Ferrinho, Mariano e Caçula, Tonico e Tinoco, entre outras foram duplas que levaram o estilo musical caipira a outro patamar sendo conhecido em todo território nacional. Suas canções passaram a ser ligadas as realidades de momento em forma de crônicas que retratavam o que o país vivia naquela época.
O tempo foi passando e a música sertaneja foi se transformando durante esses períodos. Hoje podemos afirmar que ela e dividida em algumas fases, sendo elas:
1929 a 1944 - As músicas eram compostas por introdução de viola breve ou longa e dava ênfase ao universo caipira. Como esquecer os acordes de Pena Branca e Xavantinho, por exemplo, que são clássicos desta fase;
1945 a 1960 - Transição onde a música começou da mais voz ao coração em suas letras - a partir daí foi introduzido diversos instrumentos com harpas e o acordeão, Tião Carreiro e Pardinho, Irmãs Galvão, Tonico e Tinoco, entre outros, eram os que predominavam;
a partir de 1960 - É inserida a guitarra eletrônica, nesta época o gênero predominante era o da jovem guarda e seus estilo que aos poucos foi se adaptando a música sertaneja. Sergio Reis, por exemplo, foi um dos que migraram da jovem guarda para o sertanejo;
1970 - Foi a vez de Milionário e Zé Rico usarem os elementos da cultura mexicana. Os Mariachis, com violeiros e trompetes, foram inseridos na musicalidade sertaneja, deixando a cultura mais rica musicalmente;
O Sertanejo já era febre nacional, tocando em várias rádios, rodeios, programas de tevê, trilhas de novelas e vários programas especiais desenvolvidos exclusivamente para o gênero. O programa Viola, Minha Viola era um grande exemplo, apresentado semanalmente por Moraes Sarmento e Nonô Basílio, o periódico fez grande sucesso com o público;
anos 80 e 90 - A grande explosão comercial no Brasil começou entre os 80 e 90, Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo, Zezé de Camargo e Luciano, Christian e Ralph, Roberta Miranda, Gian e Giovane, entre outros, passaram a figurar nas grandes mídias, chamando a atenção pelo jeito de cantar e o romantismo de suas letras. Músicas como “Fio de Cabelo”, de Chitãozinho e Xororó, “Entre Tapas e Beijos”, Leandro e Leonardo, “É o Amor” de Zezé de Camargo e Luciano, além do grande clássico “Evidencias”, de José Augusto, estão na boca do povo até hoje;
dias atuais - O sertanejo passou por uma mudança, Michel Teló, Bruno e Marrone, Gusttavo Lima, Zé Neto e Cristiano, Henrique e Juliano, Jorge e Matheus dentre outras lideram as paradas de sucesso e levam multidões por onde passam.
Com essa evolução, o sertanejo passou a ser um ritmo mais dançante e mais urbano, com algumas mudanças em suas temáticas adotando temas como traição, luxuria, ostentação, além de fazer parcerias com outros ritmos como o Axé, Forró, Arrocha, Funk e música eletrônica.
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