A inclusão através do sertanejo
- Seleiro Sertanejo
- 31 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
Conheça a história de Fernando Pavone, jovem autista que encontrou na música caipira um meio de inclusão
A música auxilia tanto na comunicação quanto na socialização das crianças e adolescentes. E não é diferente com o jovem Fernando Pavone, 18. Diagnosticado aos nove anos com o Transtorno do Espectro Autista, sempre foi apaixonado por sertanejo. Praticante de aulas de bateria e saxofone desde criança, no ano de 2017 ele despertou mais um dom, o de cantar.

Em um show da dupla Rubens e Ruan, o rapaz se aproximou do palco e começou observar os cantores bem de perto, de prontidão, um dos músicos perguntou se Fernando não gostaria de cantar com eles e foi ali que o sertanejo raiz entrou de vez em sua vida. “Ele começou em casa, com o pai, que tocava violão e ele sempre cantava junto, porém, naquele dia, nós percebemos que poderíamos utilizar a música para a inclusão do Fe (apelido carinhoso que sua família o chama) e desde então ele vem cantando e encantando”, disse sua mãe, Denise Pavone, em entrevista ao site Seleiro Sertanejo. De lá para cá, o rapaz começou a fazer participações em shows de Rubens e Ruan e foi pegando bagagem, levando sempre consigo a bandeira da inclusão por onde passa. “Eu fico totalmente feliz com isto, pois, o diagnóstico do autismo no meu filho foi muito difícil para mim, porém, encontramos no sertanejo um canal de interação, de socialização e dele colocar suas emoções para fora”, completou Denise.

Hoje, Fernando faz participações em eventos e programas de sertanejo, como o “Arena Sertaneja”, que vai ao ar todos os sábados das 8h às 8h30, na emissora Terraviva, e dá oportunidade para cantores do gênero caipira. "O Fe vem se desenvolvendo bem nesses últimos 2 anos e para mim como pai é um orgulho imenso. Ele é um menino muito inteligente e estou bem contente com as oportunidades que vem tendo, são vários convites para se apresentar e ele fica sempre bastante empolgado", disse seu pai, Edson Cinelli. Com poucas palavras, Fernando falou um pouco de como se sente cantando sertanejo raiz. “Eu gosto muito de cantar e me sinto muito bem. Gosto de sertanejo e de MPB”, falou o rapaz que atualmente tem como música de trabalho a canção “O som não pode parar”, uma composição de Rubens Júnior, que conta um pouco da sua própria história e leva para o público este grande exemplo de inclusão e superação através da música caipira.
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